Fundos

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O Gabinete de Estudos Olisiponenses possui um dos maiores fundos bibliográficos sobre a cidade.

Com um acervo de cerca de 20.000 volumes, datados dos séculos XVI ao XXI, conserva, trata e disponibiliza coleções e fundos documentais de diversas origens. Destaca-se entre eles a coleção Vieira da Silva, reunida por este olisipógrafo e posteriormente adquirida pela Câmara Municipal de Lisboa. Integram ainda o acervo outros fundos reunidos por olisipógrafos como Pastor de Macedo, Gustavo de Matos Sequeira, Alberto MacBride e Fernando Castelo Branco, documentação proveniente de doações ou aquisições da CML. O centro conserva também a coleção Duarte Pacheco, oferecida pela família e composta por monografias, fotografias, plantas e outros documentos.


Arquivo Técnico de Urbanismo (ATURB)

Produtor(es): Câmara Municipal de Lisboa (DSUO, DGSU, DPU, PGU, etc.); EPAL; DGTT (Dir. Geral de Transportes Terrestres); et. al.

Documentação técnica relativa à gestão e à intervenção urbana da CML, na cidade. Inclui projetos, planos, desenhos, relatórios, fotografias, inquéritos, censos, memórias descritivas, cortes, perfis, alçados, entre outros.

O núcleo documental encontrava-se depositado na DMPGU (Dir. Municipal de Planeamento e Gestão Urbanística), no edifício da R. Alexandre Herculano. Foi enviado para o GEO, quando a Direção abandonou as instalações.

Dimensão: várias pastas, rolos e plantas unitárias

Datas extremas: Séc. XIX-XX


Augusto Vieira da Silva (AVS)

Produtor: Augusto Vieira da Silva (1869-1951)

Arquivo pessoal, familiar e profissional do engenheiro Augusto Vieira da Silva. Ao longo da vida, o engenheiro (militar e civil) que foi também historiador, arqueólogo e olisipógrafo, reuniu uma vasta coleção de/sobre Lisboa, nos mais variados assuntos e suportes. Adquirida, em 1953, pela Câmara Municipal de Lisboa, contribuiu para o incremento do acervo do Museu da Cidade (hoje Museu de Lisboa) e do Gabinete de Estudos Olisiponenses (GEO).

O núcleo do GEO é composto pela biblioteca pessoal (onde constam também as suas monografias e os artigos editados), pelo arquivo pessoal e profissional (correspondência, documentos de contabilidade e finanças, cadernos de campo, desenhos e cartografia, cadernos de apontamentos, estudos e pesquisas históricas, etc.), e por várias coleções temáticas: de iconografia (onde constam fotografias, álbuns de postais, rótulos, anúncios, etc.); de recortes de imprensa; de selos e de ex-libris; de cartografia; e de manuscritos, entre outras.

Registos: registos em bases de dados (DOCBASE e X-ARQ).

Dimensão: c. 30 pastas; c. 20 álbuns;

Datas extremas: 1869-1953


Duarte Pacheco (DP)

Produtor: Duarte José Pacheco (1900-1943)

Arquivo pessoal e profissional, produzido e acumulado no âmbito das funções de Duarte Pacheco, enquanto engenheiro, autarca, político e ministro (das Obras Públicas). O espólio inclui a biblioteca particular, os documentos arquivísticos (manuscritos, desenhos, iconografia e cartografia), bem como o património móvel do seu escritório, que dispunha na sua residência particular, em Lisboa (atual Av. Álvares Cabral, nº 28, 3º).

Tratou-se de uma Doação da Família Pacheco (irmãos Clotilde Carmo e Humberto) à CML, em 1960 (Acta da Sessão de Câmara, de 22 de junho), sob a condição de se criar uma “Sala Duarte Pacheco”, o que se efetivou no Museu da Cidade (Palácio Galveias). Em 1994, o Vereador da Cultura, João Soares, deliberou a entrega da Doação ao GEO (arquivo, biblioteca, objetos e mobiliário do escritório), tendo-se recriado a chamada “Sala Duarte Pacheco”, no Palácio do Beau Séjour. O Fundo distribui-se entre: impressos (c. 1800 monografias e publicações periódicas) e manuscritos (12); documentos iconográficos (c. 1750) e cartográficos (c. 80); e objetos decorativos (26) e mobiliário (8 peças).

Registo em base de dados (DOCBASE, folha PACH).

Dimensão: c. 3661 documentos,

Datas extremas: c. 1900-1943


Família Leandro Braga (FLB)

Produtor: Leandro de Sousa Braga (1839-1897)

A documentação produzida e reunida pelo entalhador (e família) é composta por desenhos e projetos de decoração de marcenaria do artista (boiseries e mobiliário), fotografias e documentos impressos. Leandro Braga era natural de Braga, filho do armador de igrejas André de Sousa Braga e chegou a Lisboa em 1897, tendo trabalhado nos ateliers de Inácio Caetano e de Anatole Calmels antes de abrir oficina própria na Cç. Combro.

Parte da documentação foi doada ao GEO por D. Teodolinda Marques de Araújo Morais. Uma parte dos desenhos foi adquirida pelo GEO à Livraria Histórica e Ultramarina (em vida do Conde de Almarjão), entre 1989 e 1991. Registo informático em base de dados.

Dimensão: 1 pasta (c. 42 doc.)

Datas extremas: c. 1860-1947


Fernando Castelo Branco (FCB)

Produtor: Fernando José de Oliveira Castelo Branco Chaves (1926-2025)

Documentação produzida e acumulada entre as décadas de 1950 e 2025, por Fernando Castelo Branco Chaves no âmbito da sua vida pessoal, familiar e profissional, como académico, professor universitário, gestor autárquico, historiador, arqueólogo, etnógrafo e olisipógrafo. Inclui documentos da esposa, Maria dos Remédios Cid Castelo Branco de Carvalho (diplomas e certificados).

O Fundo compõe-se, entre outros, de: diplomas e certificados; apontamentos; estudos, projetos e relatórios de investigação histórica; correspondência pessoal e profissional; teses, dissertações e trabalhos académicos (de alunos e colegas); cartões de visita e convites. Fazem ainda parte do Fundo: um conjunto de recortes de imprensa; e uma coleção de iconografia (álbuns de fotografias e um lote de postais).

Considera-se ainda no conjunto documental: 1 Col. de Receitas de culinária, Menus e Restaurantes (org. provavelmente pela esposa, D. Maria dos Remédios).

Dimensão: 5 pastas, 6 dossiers, 5 caixas, 2 envelopes; total c. 3363 docs.

Datas extremas: Déc. 1950-2025


Gustavo de Matos Sequeira (GMS)

Produtor: Gustavo de Matos Sequeira (1880-1962)

Matos Sequeira foi jornalista, escritor, político, arqueólogo e olisipógrafo. A documentação produzida e reunida no âmbito da sua vida pessoal, familiar e profissional, resultou num núcleo de documentos de assuntos variados: apontamentos e notas pessoais e familiares; notícias da imprensa sobre monumentos e terras de Portugal, exposições, necrologia, assuntos do estrangeiro, entre outras. Para além dos ficheiros temáticos (verbetes de toponímia e de entradas de dicionário, que deixou ao cuidado de Pastor de Macedo), a tipologia, também diversificada, inclui: recortes de imprensa, cadernos, folhetos, ementas e menus, desenhos, cartografia, maquetes (como monografias para edição), entre outros.

Dimensão: c. 27 caixas/pastas

Datas extremas: Sécs. XIX-XX


Irisalva Moita (IM)

Produtor: Irisalva Moita (1924-2009)

Dimensão: c. 3 caixas

Datas extremas: Séc. XX


João Pinto de Carvalho (JPC)

Produtor: João Pinto Ribeiro de Carvalho (1858-1936)

Jornalista, cronista, historiador e olisipógrafo, Pinto de Carvalho, que assinou também com o anagrama TINOP, dedicou-se sobretudo à história dos pequenos factos, retratando, muitas vezes em jeito de anedota, personagens e episódios da vida alfacinha de outros tempos, os usos e costumes, o lazer e a religiosidade, entre outros.  

No decorrer da sua atividade, foi reunindo as informações em fichas e papéis manuscritos, que constituem um valioso espólio, adquirido pelo GEO em 1991 (a. Publicou, em vida, duas importantes obras: Lisboa de outros tempos (2 vols.) e História do Fado. Postumamente, editou-se a Lisboa de Outrora (3 vols.).

Em 1991, o GEO adquiriu 6 maços à Livraria Histórica e Ultramarina, que foram tratados e subdivididos em caixas. Foram organizadas 11 caixas (assuntos); restantes em curso.

Dimensão: 17 caixas

Datas extremas: Séc. XVIII-XIX


Júlio Pires (JP)

Produtor: Júlio Pires (1881-1963)

Natural de Lisboa, Júlio Pires conviveu com artistas ligado ao Teatro e às Artes, sendo também conhecido aficionado do Fado e das Touradas. Foi um dos impulsionadores da fundação do Teatro Maria Vitória, em homenagem à atriz portuguesa. No âmbito da sua vida profissional e social reuniu um conjunto documental diversificado que inclui: folhetos, programas de espetáculos, ementas, autógrafos, revistas, catálogos, desenhos, correspondência (manuscrita e impressa), recortes de imprensa, fotografias, entre outros.

Em 1963, por intermedio da sua esposa, Margarida Cândia Ramos Pires, a CML aceitou o Legado de Júlio Pires, que deu depois entrada no GEO. Compunha-se, à data, de 13 caixas.

Dimensão: 13 maços (c. 1063 docs.)

Datas extremas: 1897-1963


Luís Pastor de Macedo (LPM)

Produtor: Luís Pastor de Macedo (1901-1971)

A documentação reunida pelo comerciante, autarca, deputado, historiador e olisipógrafo, inclui apontamentos e estudos históricos, recortes de imprensa, manuscritos, desenhos, entre outros. Integra ainda dois ficheiros temáticos que herdou da sua colaboração com Matos Sequeira: um “Toponímico” e outro designado de “Dicionário”, ambos com verbetes manuscritos (a maior parte redigida por Pastor de Macedo) e com recortes de imprensa. Os dois ficheiros totalizam c. 105.000 verbetes: c. 25.000 com informação toponímica e 80.000 entradas para o “Dicionário”.

Complementam o Fundo, mais 4 coleções: “Bibliografia Olisiponenses: recortes de jornais”; “Bairros Típicos de Lisboa: recortes de jornais”; “Lisboa: trânsito e transportes”; e “Lisboa: recortes de jornais”.

Pastor de Macedo tinha, com Ferreira de Andrade, o projeto de um “Dicionário de Lisboa”. Tendo este último falecido em outubro de 1970, Pastor de Macedo legou à CML os referidos ficheiros. Nas sessões de Câmara, de 17 e 28 de dezembro de 1970, o município deliberou aceitar em legado a “grande coleção de verbetes elaborados e organizados por aquele olisipógrafo”, destinando-o ao GEO, por ser um precioso elemento de consulta para os investigadores e estudiosos.

Dimensão: c. 105.000 verbetes; c. 50 vols. de recortes de imprensa

Datas extremas: ant. 1900-post. 1971


Mac-Bride (MCB)

Produtores: Alberto Mac-Bride Fernandes (1886-1953); Eugénio Mac-Bride (1887-1966)

Documentação de tipologia variada, manuscrita, impressa, datiloscrita e policopiada. Subordinada ao tema dos bosques e dos parques de Lisboa (nomeadamente do Parque Eduardo VII e do Parque Florestal de Monsanto), da higiene, da saúde e da medicina, os dois irmãos olisipógrafos e colecionadores, médicos de profissão, reuniram um conjunto documental composto por recortes de imprensa, correspondência, memórias descritivas, plantas e desenhos, entre outros.

Dimensão: 3 dossiers; 1 caixa; c. 300 documentos.

Datas extremas: 1919-1968


Marqueses da Foz (MFZ)

Produtores: Tristão Guedes Cabral Correia de Queirós (1849-1917), 2º conde da Foz e 1º Marquês da Foz (1849-1917); descendentes (Gil Pedro Paulo Guedes Cabral Correia de Queirós, 3º conde da Foz (1880-1944); et. al.

Documentação de natureza contabilística e financeira, relativa às obras do Palácio Foz (aos Restauradores), que adquiriu em 1889 à Casa Castelo Melhor, e de ouras propriedades do Marqueses em Lisboa (R. da Glória, etc.) e fora da capital (como a Quinta da Torre de Santo António, a Quinta do Melo, a Quinta de Caniços, etc). O Fundo inclui contratos nupciais, certidões prediais, folhas de pagamentos a artistas, movimentos bancários, faturas e recibos, apólices de seguros, correspondência, despesas, rendas de inquilinos, créditos, hipotecas, escrituras, telegramas, projetos de arquitetura, entre outros. Tristão Guedes, que recebeu o título de Marquês em 1901, casou duas vezes (a 2ª, com Maria Cristina da Silva Cabral).

O Fundo foi adquirido pelo GEO à Livraria História e Ultramarina, entre 1998 e 2006 (data do último lote).

Dimensão: 6 caixas (4045 unid. doc.)

Datas extremas: 1871-1934


Marqueses de Ficalho (MFC)

Produtor: António de Melo Breyner Teles da Silva, 3º conde e 3º Marquês de Ficalho (1806-1893); et. al.

Gestão patrimonial e financeira do património dos Marqueses de Ficalho. Documentos relativos ao património imóvel do Palácio dos Caetanos e de prédios na R. Nova do Almada, na R. das Escolas Gerias, e na Tr. Fiéis de Deus, mas também de propriedades fora de Lisboa (Malpique, Abrantes, Setúbal, etc.). Contem ainda documentos de gestão financeira do património móvel (legados, arras, mesadas, salários, etc.).

Dimensão: 3 caixas (c. 1420 docs.)

Datas extremas: 1834-1859


Neves Águas (NA)

Produtor: José Neves Águas (1920-1991)

Neves Águas iniciou a sua atividade profissional como publicista, tendo participado ativamente na vida partidária e sindical, no Estado Novo e depois do 25 de abril de 1974. No âmbito das suas funções reuniu um conjunto de documentos de/sobre Aquilino Ribeiro, Manuel Mendes, Mário Domingues e Jaime Cortesão. A tipologia é variada: documentos (impressos, manuscritos, datiloscritos e policopiados), recortes de imprensa, correspondência, convites, desenhos, fotografias, entre outros.

Dimensão: c. 15 caixas (c. 1000 docs.)

Datas extremas: Séc. XX